CIRINO ANTÔNIO DANTAS DE VASCONCELOS

Cirino Antônio Dantas de Vasconcelos, convocado em 16/9/1866 a assumir como suplente a vereança, recusou-se tomar posse do cargo de vereador, alegando que sua "votação muito inferior a outros cidadãos, era uma prova de que não foi de tanta confiança do povo como os que em tempo prestaram juramento"(Atas, 2:47v). Nas eleições seguintes, em 1869, receberia 112 sufrágios, integrando a chapa conservadora e em 14/4/1873 era incluído entre os suplentes de vereador eleitos para o quatrienio 1873/1877 com apenas 9 votos (Atas,3:147).
Em 15/4/1873 o Presidente Nunes Jr. convocou seis suplentes da legislatura que se findava para “fazer a apuração dos cidadãos mais votados para Vereadores da Câmara Municipal e Juízes de Paz desta Paróquia”, na ordem dos votos: Antônio Manuel de Arruda, Antônio Ferreira de Camargo Andrade, José Francisco Leme, Eduardo Augusto da Cunha Freire, Domingos Francisco de Moraes e Cirino Antônio Dantas de Vasconcelos. Esses suplentes deveriam comparecer no dia marcado para essas formalidades. Não ficou claro desta vez se Cirino compareceu ou não. (Atas,3:145)
Cirino foi um dos maçons amparenses que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/164v)
Embora lavrador, Cirino exerceu vários outros cargos públicos de nomeação na polícia e na câmara. Foi Agente dos Correios e Tenente da Guarda Nacional.
Cirino era filho do Alferes Januário José Dantas de Vasconcelos, já falecido em 1857, e sua mulher Gertrudes Maria da Conceição, casal bragantino, cujos filhos passaram para o Amparo. Cyrino Antônio Dantas de Vasconcelos casou no Amparo em 1857 com Eufrásia de Cássia, filha de José Antônio Pereira e de Ana Rita de Cássia (CA-3:74v) –
Em 24/12/1891 foi nomeado 2.º Fiscal da Intendência Municipal de Amparo em lugar de Henrique Antônio de Camargo, que pedira exoneração. Cirino já havia ocupado esse cargo antes, ainda no Império, por volta de 1888.
Em 5/9/1892 oficiou à Câmara como 2º Fiscal sobre um depósito de lixo em terreno de José Henrique, na Rua Duque de Caxias e sugeriu que o proprietário fosse intimado a murar o terreno. (Atas, 8:96)
Faleceu em 1919 aos 86 anos de idade. (EFA, 162)