JOAQUIM DE SOUSA TOLEDO

Vereador eleito para o quatriênio que se iniciava em janeiro de 1865 (EFA, 14), Joaquim de Sousa Toledo é um personagem ainda mal conhecido na história política do Amparo. Nada encontramos, por enquanto, de seus dados familiares e ocupacionais, nem de qualquer propriedade sua. Apenas seu sobrenome parece indicar um parentesco com a família Paula Sousa, especialmente com o vereador Antão de Paula Sousa, que possuia uma filha com o sobrenome Sousa Toledo. Além disso, Joaquim de Sousa Toledo é encontrado em alguns assentos de casamento de seus escravos, estes batizados em Campinas. Presumimos, assim, que Sousa Toledo fosse mais um dos muitos fazendeiros de Campinas que migraram para o Amparo em busca de terras adequadas ao plantío do café. Levando a pesquisa adiante encontramos seu nome entre os fazendeiros de café e algodão, no Almanak da Província de São Paulo para 1873.
De sua atuação como vereador sabe-se que logo em 8 de fevereiro de 1865 "pelo Vereador Souza Toledo foi indicado que se nomeie o Cidadão Leopoldino Augusto da Silveira Vasconcellos para Procurador desta Camara, o que sendo posto em discução e a votos foi approvado sem discução"; e, a 27 de abril do mesmo ano, "pelo Vereador Souza Toledo foi indicado que se nomeê um arruador suplente visto estar o actual doente e impossibilitado de servir por enquanto e indicava Joze Lourenço de Araujo Cintra, o Senhor Presidente pos em discução e como não houve quem pedice a palavra, pos a votos se devia ou não nomear um um (sic) arruador suplente, e sendo posto a votos foi approvado e que se convidasse o proposto para amanhã as dez óras da manhã vir tomar posse de suplente arruador".
Não compareceu ao começo da sessão de 13 de julho de 1865, alegando motivo de saúde, mas acabou assinando a ata.
Na sessão de 24/1/1866 apresentou a seguinte indicação : "Indico que tendo o cobrador, e secretario dos reditos da obra da Matriz sido nomeado Tabellião de Nottas, emprego que tira muito tempo ao empregado pelos muitos affazeres, e constando ter o mesmo de o mesmo de pedir sua demissão de cobrador, a bem do interesse da mesma obra, proponho para ser nomeado para esse emprego a Antonio Joaquim d'Oliveira Prestes Junior, por ser pessôa muito conhecida, e com todas as qualidades que se pode exigir para dito fim".
Em 1867 chegou a assumir a presidência da casa, em virtude da falta dos sucessivos titulares.