JOÃO MENDES DO AMARAL

O vereador João Mendes do Amaral, batizado no Amparo em 1836, filho de Modesto Mendes do Amaral e da bragantina Joana Maria de Jesus, neto paterno de Lino de Oliveira Cardoso, um dos patriarcas fundadores do Amparo, casou em 1863 com Maria Umbelina da Rocha, de Itatiba, filha de Modesto da Rocha Bueno e de Umbelina da Silva. João Mendes do Amaral era irmão do também vereador da nona legislatura Joaquim Mendes do Amaral. Modesto Mendes do Amaral era proprietário de um imóvel na Rua do Meio em 1838, e pertencia às estirpes mais antigas da cidade, ligado também aos Xavier dos Passos e aos Oliveira Cardoso.
João Mendes do Amaral foi eleito vereador em 1869, pelo Partido Liberal com 245 votos. Foi um dos fundadores da Loja Maçônica Trabalho em 1872. (EFA, 145/146) Foi um dos maçons amparenses que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/164v)
Em meados de 1875 João Mendes do Amaral e sua mulher Maria Umbelina da Rocha fizeram uma sociedade agrícola com José Novaes Portela, para explorar um sítio em Três Pontes.
(1º of., 33:53v) Em 1877, quando da escolha das comissões nomeadas para angariar donativos para o Monumento da Independência do Brasil a ser construído no Ipiranga, a do bairro de Três Pontes foi composta por João Mendes do Amaral, Antônio Rodrigues de Almeida Júnior, e Capitão Jorge Franco do Amaral. (Atas, 3:336) – 3/9/1877
Em 1883, ele e Damásio Pires Pimentel arremataram o antigo Matadouro e pediram licença à Câmara para ali instalar uma máquina de beneficiar café. A Câmara, nos termos da Comissão Especial de Higiene, deferiu o pedido, mas impôs condições. (Atas, 4:127 e 130)
Em 12/5/1887 João Mendes do Amaral, sócio da máquina de café Pimentel & Amaral informa à Câmara que ao tempo da aferição das medidas o sócio Pimentel havia se retirado para Serra Negra, e a sociedade foi depois dissolvida, ficando sob direção exclusiva de João Mendes do Amaral. requer que sejam aferidas as medidas. (Atas, 5:158v)
João Mendes do Amaral faleceu pouco depois, e já em - 30/11/1887 D. Maria Umbelina do Amaral e Inácio José Marques, donos da máquina de beneficiar café “situada além do Largo da Estação”, foram multados porque tinham uma serra sem pagar o imposto de serraria (Atas, 6:32); em
7/12/1887, Maria Umbelina do Amaral, viúva do finado João Mendes do Amaral, e Inácio José Marques, donos da “máquina de beneficiar café além do Largo da Estação” recorrem e a decisão sobre multa a eles aplicada é adiada. (Atas, 6:38)
Em 28/1/1889 uma representação de proprietários de terras nos bairros do Córrego Vermelho, Boa Vereda e Sertãozinho do Pântano (Maximino de Sousa Moraes, José Baltasar Pereira da Cunha, Joaquim Leme do Amaral e Dr. José Ferraz de Oliveira), pediu um caminho mais curto para a cidade, passando por várias propriedades: as de Antônio Alves Garrido, Felizardo de Oliveira Preto, João Mendes do Amaral (viúva deste), Florêncio Franco da Rocha e Joaquim “Português”. (Atas, 6:247/248)
João Mendes do Amaral deixou pelo menos uma filha, Balbina do Amaral Gomes, casada com Venâncio da Silveira Gomes, pais de Josué e Benedito da Silveira Gomes, solteiro, com 20 anos em 1901.