JOSÉ FRANCISCO LEME

Capitão da Guarda Nacional, vereador na Câmara Municipal de Amparo, empossado em 24/5/1873, fazendeiro, era sogro de Antônio José Soares Filho, também como ele membro fundador da Loja Trabalho. (Atas, 3:162 - Almanak 1873 – SL, Genealogia, 8:318, 9-3 – CA-5)
José Francisco Leme era casado com D. Maria Francisca da Luz; mas também foi casado antes com Maria Rodrigues da Silva, de quem teve Jesuína, que se casou Antônio José Soares Filho (este era ligado por parentesco aos barões de Ibitinga e de Arary). foram donos de um sítio no “bairro do Engenho Velho”, com cafesal, monjolo, casas e pastos, confrontando com Antônio de Oliveira Matozinho, Capitão José Lourenço Gomes e com a “estrada que segue para o bairro do Ribeirão das Onças”, havido por compra a João Antônio de Godoy. Em 1863 o casal vendeu essa propriedade a Joaquim Antônio de Siqueira Leme (ou Lima). (notas do 1º ofício, livro 9:4 e 6). Nesse mesmo ano o casal permutou com João Francisco Leme (provavelmente sobrinho de José Francisco) e sua mulher Maria Angélica de Moraes o “sítio do Couto”, no distrito de Belém, hoje Itatiba, havido por herança do seu finado pai Manuel Rodrigues Leme, com um sítio na Areia Branca.
Em 12/3/1866 a Câmara recebeu quatro ofícios de inspetores de caminho os quais pediam escusa alegando uns, doença, outro impossibilidade por doença de família, e que, sendo levados ao conhecimento da Câmara, esta julgou dever atender à escusa pedida, passando-se a nomear em lugar de José da Silveira Franco, João Manuel Baptista e em lugar de José Leite de Sousa, Francisco de Paula Sousa Leite, em lugar de Antônio Joaquim Leme Pedroso, José Francisco Leme e Francisco de Oliveira, em lugar de José Cassiano de Oliveira, José Antônio de Souza. (Atas, 2:14v)
Em 15/4/1873 o Presidente Nunes Jr. convocou seis suplentes da legislatura que se findava para “fazer a apuração dos cidadãos mais votados para Vereadores da Câmara Municipal e Juízes de Paz desta Paróquia”, na ordem dos votos: Antônio Manuel de Arruda, Antônio Ferreira de Camargo Andrade, José Francisco Leme, Eduardo Augusto da Cunha Freire, Domingos Francisco de Moraes e Cerino Antônio Dantas de Vasconcelos. Esses suplentes deveriam comparecer no dia marcado para essas formalidades. (Atas,3:145)
Em 14/4/1873 entre os vereadores mais votados para o quatriênio 1873/1877, estava José Francisco Leme com 110 votos, o qual tomou posse e iniciou o exercício do mandato desse cargo (Atas,3:146). Em 22/2/1875 um ofício do Governo Provincial nomeou o vereador José Francisco Leme 2º suplente de Juiz Municipal. (Atas,3:248) Em 5/4/1875 a Câmara recebeu ofício do ex-vereador José Francisco Leme – aceitou o cargo de 2º suplente de Juiz Municipal “e por isso se achava impedido de servir na Câmara”; nesse mesmo ato devolveu as contas do Procurador que se achavam com ele para parecer. (Atas, 3:250) No mesmo dia foi nomeado Elias Lourenço Gomes para substituí-lo na Comissão de Contas e convocado o suplente respectivo. (Atas,3:250)
Voltou à Câmara e em 4/9/1876 apresentou duas indicações: 1- declarar de utilidade pública terreno entre as ruas Conde d’Eu e Riachuelo nos fundos das casas de Joaquim Floriano do Amaral. 2- concluir aterro na Rua da Constituição em frente aos prédios de Dr. Araújo até o de Joaquim Floriano do Amaral. – essas indicações foram aprovadas. (Atas,3:292)
Em 3/9/1877 quando da nomeação das comissões para angariar donativos para o Monumento da Independência do Brasil, a ser construído no Ipiranga, foram escolhidos no bairro da Posse: Pedro Leite Penteado, José Francisco Leme e Florêncio José Soares. (Atas, 3:336) –
José Francisco foi um dos maçons amparenses que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/164v)
Na sessão ordinária de 4/8/1887 José Francisco Leme foi empossado no lugar de 3º suplente de Juiz Municipal. (Atas, 5:179). Não encontramos menções posteriores.