JOSÉ PINTO NUNES JÚNIOR

Dr. José Pinto Nunes Júnior, advogado, eleito vereador em 1869, o mais votado com 269 votos. Presidiu a Câmara durante todo o quatriênio até maio de 1873, com poucas interrupções. Voltaria à câmara em 1876 como suplente. Foi eleito Juiz de paz em 1880 com 163 votos. Pertencia ao Partido Liberal. Foi um dos fundadores da Loja Maçônica Trabalho (EFA, 35,112, 145/146, 166, 181- SL,1:117). Dele disse o Dr. Áureo de Almeida Camargo: “prestante cidadão e político liberal, ocuparia a Promotoria Pública, desempenhando-se de cargos de nomeação e de eleição. Um dos elementos mais entusiastas pelas causas que abraçava que a história amparense registra: nada se fazia sem o Dr. Pinto Nunes”.
Foi tesoureiro das obras da Matriz de 1871 a 1874, comerciante estabelecido com loja, e depois com confeitaria, sob a firma Nunes & Cintra. (Atas, 3:38, 49, 147, 196; 4:40, 47; 6:215 e 223). Paradoxalmente, foi um dos fundadores da Loja Maçônica Trabalho em 1872.
Em 1874 ele e sua mulher venderam à sua sogra um cafesal que haviam recebido de dote. (1º of., 33:33v).
Em 7/1/1881 prestou juramento de Juiz de Paz. (Atas, 4:47v). Em 20/10/1887 foi nomeado membro do Comitê encarregado da feitura do Jardim Público. (Atas, 6:3)
Em 29/12/1887 José Pinto Nunes Júnior (um dos fundadores da loja maçônica local) e o Padre Pedro Maria d’Amato apresentaram proposta dotar a cidade de uma linha de bondes, movidos a tração animal. (Atas, 6:45/46). Esse projeto recebeu parecer favorável na Câmara em 19/1/1888. (Atas, 6:63)
Foi nomeado, em 12/5/1888, membro da comissão para angariar donativos para festejar “a sanção da lei que decreta a abolição da escravidão em todo o Império” (já se sabia da Abolição na véspera...). (Atas, 6:117/118)
Mas em 1889 o Dr. José Pinto Nunes Júnior recusou cargo impopular na Junta de Classificação do Imposto do Café. (Atas, 6:348)
Em 1890 foi festeiro da festa do Divino Espírito Santo, solicita licença para tocar música no Largo da Matriz, colocar postes para luz elétrica, palanque para queima de fogos no Largo do Rosário, fogueiras de lenha nos largos, etc. (Atas, 7:80v)
José Pinto Nunes Júnior era bacharel em Direito, fazendeiro no Amparo, e foi casado com Escolástica de Araújo Cintra Nunes, filha do Tenente Antônio Pinto de Araújo Cintra, irmão de Joaquim Pinto de Araújo Cintra (Barão de Campinas), e de Maria Francisca de Campos. Era concunhado do Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior, o qual, mais tarde foi também vereador em Amparo, diretor da Higiene em São Paulo e Senador Estadual. O Dr. Pinto Nunes e Escolástica tiveram os filhos:
1. - Antônio Pinto Nunes Cintra, formado em farmácia, casado com Francisca, irmã do Dr. Francisco de Sales Camargo, filha de Joaquim Antônio de Camargo e de Francisca Corrêa de Camargo;
2 - José Pinto Nunes Cintra, casado com Rufina Machado;
3 - Maria, casada com Luís Pastana, filho de Damião Pastana e de Maria Bibiana de Sousa Aranha.
4 - Arminda;
5 - Benedito Pinto Nunes Cintra, estudante de farmácia em 1903;
6 - Joaquim Pinto Nunes Cintra.