V – Vila, enfim...

A 14 de março de 1857 foi aprovado o projeto n. 14, do deputado Dr. Joaquim Pinto Porto, elevando a Freguesia de Amparo à categoria de vila; estava criado o nosso município. O Dr. Pinto Porto fora juiz de direito em Bragança, mas era gaúcho de Candelária-RS, formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. É provável que advogados de Amparo tenham mantido entendimentos com esse parlamentar, convencendo-o a apresentar o projeto.
A Câmara Municipal de Amparo, porém, só foi instalada em novembro desse ano. Seu primeiro presidente foi o Dr. Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda, santista, advogado e fazendeiro em Amparo, sendo lícito crer que ele foi um dos que participaram dos entendimentos para a criação do município.
Conservadores e liberais dividiram os cargos de vereador da primeira legislatura. Não conseguimos ter acesso aos dados dessa eleição, mas acreditamos que tenha havido uma chapa única comum aos dois partidos, pois vivia-se no plano nacional a “grande conciliação” do Marquês de Paranaguá.
Entretanto, a paz política, como se verá à frente, pouco durou. Daí por diante valeria mais quem tivesse votos...
E as coisas se complicaram a partir da década de 1870, quando um novo partido, o Republicano, passou a concorrer nas eleições.