FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE

Senador Francisco de Assis Peixoto Gomide, bacharel em Direito, nasceu em São Paulo a 24/3/1849, morou em Amparo, onde contraiu núpcias. Foi promotor público de Amparo em 1873. Advogou e foi jornalista no Amparo. Eleito vereador em 1877, declarou-se republicano na sessão de 4/12/1/878.
Em 21/6/1878 estava em viagem e foi substituído na Comissão de Obras Públicas por Godoy Jorge. (Atas, 3:367)
Numa das primeiras sessões onde temas puramente políticos e ideológicos foram tratados, em 4/12/1878, Peixoto Gomide, declarando que é oposição à maioria da Câmara, pede dispensa da comissão encarregada de dar parecer sobre a conta de despesas da publicação de editais da Junta Municipal de Qualificação de Eleitores; o Presidente negou a dispensa.
Bernardino de Campos, comentando a posição de Peixoto Gomide, diz que “isso dará ensejo a que por sua vez declare que politicamente era francamente oposicionista como republicano e quanto aos atos de administração decidir-se-ia pelo que fosse justo”. Pelo Presidente (Nunes Jr.) foi dito que “sendo esta corporação meramente administrativa, e tendo até então se regulado pela boa razão, só tendo em vista os interesses municipais, despidos de qualquer cor política, desejava que assim continuasse, não fazendo obstáculo as idéias particulares dos vereadores, com tanto que todos saibam distinguir, como até aqui, a pessoa do vereador do homem político, convindo mesmo que todos os vereadores, cada um por sua vez, esteja em franca oposição aos demais da corporação, uma vez que debaixo do ponto de vista de encarregado pelo poder público para administrar, como vereadores, tenha em mira os interesses municipais.”
(Atas, 3:393/395)
Reeleitos, não prestaram juramento em 7/1/1881, os vereadores Bernardino de Campos e Francisco de Assis Peixoto Gomide, também eleitos para esse quatriênio, porque tendo comparecido só cinco vereadores a Câmara ficaria sem número legal para funcionar. (Atas, 4:47)
Em 20/2/1882 - Francisco de Assis Peixoto Gomide, declara que, “retirando-se para São Paulo deixava de tomar parte nos serviços da Câmara por tempo indeterminado”, deveria ser chamado o suplente. (Atas, 4:81)
Transferiu-se para São Paulo nesse mesmo ano de 1882. Vice-Presidente do Estado de São Paulo, governou o Estado por três vezes; morreu tragicamente em 1906, quando presidia o Senado Estadual. Era tio afim do também vereador e deputado provincial Dr. Antônio Muniz de Sousa. (Áureo de Almeida Camargo, in Rev. de História, 74:482 - Aureliano Leite, O Cabo-maior dos Paulistas na Guerra com os Emboabas, 172 e 179 - EFA, 40, 106, 108, 142, 210 – Silva Leme, 5:154/155)